quarta-feira, 23 de março de 2011

A Contribuição Social do Clown




O Clown é algo que realmente liberta as pessoas de regras, de padrões e exigências sociais.

Segundo Charles Chaplin, se conseguirmos rir de uma coisa sobrevivemos a ela. O Clown inspira esperança social sabendo que consegue brincar apesar da dor. Vê a dor como um jogo e se diverte enquanto joga. É verdadeiro e expressa exatamente o que sente. Isso é indispensável para termos a paz e buscarmos um mundo melhor, mais verdadeiro, mais humano e alegre. O Clown é compassivo, sente a dor do outro como se fosse a sua. Tem compaixão e cumplicidade. Assim toda e qualquer realidade social pode ser vista de uma forma diferente, vista com profunda vontade de priorizar a verdade de cada um e ao mesmo tempo denunciar com o olhar as propostas idiotas de violência, discriminação, indiferença e desigualdade de classe. O Clown contribui na medida que simplesmente se apresenta como espelho, ou seja, como aquele que reflete a dor e a alegria do Mundo.

Texto baseado em apostila feita por Edson Santos, terapeuta holístico, ator e diretor de teatro.

terça-feira, 15 de março de 2011

Visitando Idosos


"Grande parte da população de idosos é solitária e desligada da família e da sociedade. Muitos têm uma vida infeliz em casas de repouso. Eu estimulo todo mundo a visitar os idosos, seja em casa, no hospital ou no asilo. Fique por perto, ouça suas histórias e mantenham-os informados sobre sua vida e sobre o que se passa no mundo. Tente não ter pressa. Aprenda a se sentir dentro do mundo (frequentemente) limitado deles. Prepare-se para andar devagar e falar mais alto. Não parta do princípio de que os interesses e o entusiasmo deles diminuíram.  
Tenha paciência para superar sua aparente apatia e sensação de serem um fardo e insista até despertar sua atenção. Com frequência, eles sentem que as pessoas os olham como se fossem invisíveis ou os colocaram numa prateleira. Mostre respeito e interesse por suas histórias e sabedoria. Inclua-os em seus passeios. Se você quer se sentir melhor, visite regularmente casas de repouso e seja afetuoso, indo de cama em cama. Toque as pessoas, cante para elas, leve pequenos agrados. Você pode concretamente vê-las renascer (e o mesmo pode acontecer com você!)." 


Patch Adams (retirado do livro "O amor é contagioso")

sábado, 12 de março de 2011

Patch Adams sobre a PAZ

Eu imagino como seria a vida se conseguíssemos a paz mundial. É a unica coisa mencionada aqui que ninguém jamais experimentou. Exige um acordo entre todas as pessoas de que não irão se agredir. Cada um de nós pode tentar viver de forma pacífica no seu cotidiano. Ao nos relacionarmos intencionalmente de maneira positiva com os outros, podemos aumentar as possibilidades de paz. Sei por experiência que pessoas pacíficas criam um ambiente mais pacífico. É por isso que adoro atuar como palhaço, porque isso transforma o ambiente. Crianças bem pequenas têm o poder de causar o mesmo efeito.   


A paz mundial começa dentro de cada um de nós. Possuir paz interior diminui sua pressão arterial e sua tensão. Também ajuda a diminuir o nível de tensão e a pressão arterial das pessoas a sua volta. 


Quando encontramos a paz, experimentamos um estado mais criativo, cooperativo e dinâmico que irá melhorar nossa saúde. Todos nós teremos que trabalhar em conjunto para alcançarmos a paz. Portanto, cada um pode participar e investir para atingir esse importante objetivo. 


Retirado do livro 'O amor é contagioso", de Patch Adams.

domingo, 6 de março de 2011

Palhaços pela própria natureza (Cláudio Thebas)



Todo mundo nasce palhaço. Sem exceção. Basta observar as crianças pequenas para perceber que elas têm todas as qualidades que um bom palhaço deve ter: são atrapalhadas, sinceras, espontâneas e, por tudo isso, muito engraçadas. Elas não tem o menor medo do ridículo, até porque não fazem idéia do que seja isso.


Infelizmente, com o passar do tempo, de tanto ouvir "que feio", "que ridículo", "que isso", "que aquilo", o palhaço que nasceu com cada criança (isto é, com todos nós) começa a sentir medo, vergonha e decide se esconder. E vai se escondendo, se escondendo... até que um dia some dentro da gente. (De vez em quando ele aparece por conta própria. Na hora do banho, por exemplo, quando a gente canta e dança sem ninguém ver. Mas é fechar a torneira e - zupt! - ele some de novo.)


Quando uma pessoa decide ter essa profissão, tem que aprender a reencontrar, sempre que quiser, o palhaço que estava escondido. E isso não é fácil, porque o tempo passou, o palhaço lá dentro também cresceu, e agora não se sabe quase nada sobre ele. Só com muito trabalho, muita pesquisa de si mesmo é que se pode ir descobrindo como é que ele anda, fala, gesticula e pensa.  

(...) mais no livro

Retirado de "O livro do Palhaço", de Cláudio Thebas.

sábado, 5 de março de 2011

O nariz vermelho atrai coisas boas

foto: Luiz Henrique das Neves

Eu não ainda não sei porque, talvez no final do texto eu saiba, mas o nariz vermelho atrai coisas boas. E digo isso com experiência de causo! Porque quando você com esse vermelhidão no nariz (e na alma) coisas boas acontecem de repente. Os cachorros (mesmo os ferozes) vem felizes querendo brincar, balançando o rabinho e brincado de morder. Os velhinhos calados sorriem de canto de boca e dizem bom dia. Os trabalhadores, devidamente uniformizados, acenam com a cabeça em simpatia tímida. As crianças, bem, não preciso nem falar das crianças, elas piram, amam, choram, gritam, batem, fazem do palhaço a sua atração do dia. A chuva só cai se for pra refrescar. O sol, se estiver muito quente, brinca de esconde-esconde, hora com as nuvens, hora com a sombrinha florida. O vento alisa a pele do palhaço no frio e o refresca no calor. Os pássaros cantam canções inéditas ao vê-lo passar. O rio corre mais lento pra poder ser observado. No geral, eu poderia resumir assim: tudo (tudo mesmo, as coisas, pessoas, animais, construções, plantas...) sorri quando o palhaço passa. E isso faz o mundo mais feliz. E claro, não posso deixar de dizer que o palhaço, ao ver o mundo sorrindo, sorri também, em perfeita harmonia. Acho que agora sei o porque.

postado por Marcus V. Mazieri, um palhaço.

terça-feira, 1 de março de 2011

O Clown!


A palavra clown (pronuncia-se “cláun”) apareceu no século XVI. Este vocábulo remete-nos a colonuns e clod, significando um fazendeiro ou rústico, torpe e, de qualquer maneira, o clown foi sempre campesino (TOWSEN, 1976). Outra origem é na língua celta, designando originalmente um fazendeiro, um campônio, visto pelas pessoas da cidade como um indivíduo desajeitado e engraçado, indicando, num outro momento, aquele que, com artificiosa torpeza, faz o público rir.

Clown se traduz por palhaço, mas as duas palavras têm origens diferentes. Palhaço vem do italiano e se relaciona, geralmente, à feira e à praça; já o clown refere-se ao palco e ao circo. Mas, na linguagem do espetáculo, as duas palavras confluem em essências cômicas.

Os grandes clowns tradicionais do cinema tais como Mazzaropi, Chaplin, Keaton, Tati, Langdon, The Marx Brothers, Harold Lloyd, Jerry Lewis, Martin and Lewis, Woody Allen, Laurel and Hardy, Abbott and Costello e Andy Kaufman, entre outros maravilhosos nos foram apresentados em algum momento de nossas vidas.

De alguma forma, essas manifestações estão em contato conosco no cotidiano: pessoas engraçadas que encontramos na rua, no ônibus, no aeroporto, na família, no meio de amigos ou nos meios artísticos. Esse contato basta para identificar os “clowns na vida”, como disse Fellini (1985).

Clown é a pessoa que fracassa (LECOQ, 2001), que bagunça sua vez, e, fazendo isso, dá à audiência o senso de superioridade. Através de seu fracasso, ele revela sua profunda natureza humana, que nos comove e nos faz rir, é um perdedor feliz (CASTRO).

Referências Bibliográficas

LECOQ, J. The moving body. The teaching creative theatre. Translated from Le corps Poétique by David Bradby. A theatre Arts Book. Routledge.New York, 2001.169p.
FELLINI, F. Fellini por Fellini.s .ed. Entrevista de Govanni Grazzinni. Lisboa: Dom Quixote, 1985. 143p
TOWSEN, John.H. Clowns.Hawtorn, New York,1976.400p.
WUO, A. E. Caderno de notas do Curso de Clown: Arte da Bobagem, ministrado por Angela de Castro, João Pessoa, Paraíba, 2001. 
WUO, A. E. Verbete: Clown. p. 40 a 44. Dicionário crítico de Lazer. Org. Christianne Luce Gomes. São Paulo: Autêntica, 2004. p 238.

http://clownelinguagem.blogspot.com/2011/01/clown.html